[Secção pausa merecida] Ontem escrevi sobre o descanso, pois… hoje digo que volto daqui a uns dias. Bom Carnaval. ;)
sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017
quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017
Importância do descanso
[Escrevo um artigo sobre (in)felicidade nas organizações. Com a aproximação da paragem lectiva de Carnaval, partilho este parágrafo:]
Sem que se absolutize o famoso sétimo dia da criação, percebemos a importância das paragens para a felicidade. Melhor, para saborear a felicidade presente na Vida. As pausas, em folgas ou férias, não são um luxo, mas uma necessidade para que cada pessoa possa restabelecer o seu equilíbrio humano, onde se inclui o produtivo. Já se legislou tempos de trabalho e tempos de descanso, começa-se a entrar no cúmulo o ter de se legislar sobre horas de leituras de mails profissionais. Algo tão natural deve ser o respeito pelo tempo livre de quem trabalha, dando-lhe tempo e espaço mental e afectivo para algo tão importante como a família, os amigos ou, simplesmente, estar consigo mesmo.
Sem que se absolutize o famoso sétimo dia da criação, percebemos a importância das paragens para a felicidade. Melhor, para saborear a felicidade presente na Vida. As pausas, em folgas ou férias, não são um luxo, mas uma necessidade para que cada pessoa possa restabelecer o seu equilíbrio humano, onde se inclui o produtivo. Já se legislou tempos de trabalho e tempos de descanso, começa-se a entrar no cúmulo o ter de se legislar sobre horas de leituras de mails profissionais. Algo tão natural deve ser o respeito pelo tempo livre de quem trabalha, dando-lhe tempo e espaço mental e afectivo para algo tão importante como a família, os amigos ou, simplesmente, estar consigo mesmo.
quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017
Agradecer
Eric Songbill
Há dias cheios. Ao chegar a casa, detenho-me no primeiro ponto do exame de consciência: agradecer. Nem faz sentido seguir para os outros pontos. Revejo os momentos, as pessoas, os pequenos e grandes “olás” pelos corredores fora, as aulas em que alunos expressam de alma palavras que falam de liberdade e criatividade, as boas conversas que o bosque sempre proporciona… e agradeço. Nas leituras de hoje, dia da cátedra de S. Pedro, Jesus dá ao apóstolo o poder de ligar e de desligar o céu e a terra. Sem qualquer pretensão de sentido papal, fica-me, sim, o eco de que cada um de nós pode ser pontífice, na construção de pontes que promovem encontro, amizade, que ajudam o caminho de aprendizagem. E o mundo expande-se na beleza de mistério em revelação. No final deste dia, simplesmente, agradeço.
terça-feira, 21 de fevereiro de 2017
Deus da Paz
Faisal Mahmood/reuters
- P. Paulo, podia arranjar-me uma bíblia em árabe?
[Como conversamos com o tradutor do google, quis certificar-me:]
- Bíblia ou Corão?
- Bíblia. Nós somos muçulmanos, mas não radicais. Quero saber mais.
- Irei encontrar, sim.
- Também quero ir à Igreja. Temos de rezar com quem nos acolhe tão bem.
- Então, combinamos um domingo que possam, venho buscar-vos e vamos à celebração que eu costumo ir.
- Com muito gosto. O Profeta não é da violência, como muitos têm feito em nome dele.
- O nosso Deus é Deus da Paz.
- Também quero ir à Igreja. Temos de rezar com quem nos acolhe tão bem.
- Então, combinamos um domingo que possam, venho buscar-vos e vamos à celebração que eu costumo ir.
- Com muito gosto. O Profeta não é da violência, como muitos têm feito em nome dele.
- O nosso Deus é Deus da Paz.
domingo, 19 de fevereiro de 2017
Reconciliação
Kátia Viola
[Coisas na vida de um padre] Há leituras e vidas que me fazem muito eco. Ficam a flutuar no pensamento e no coração, nesse desejo de realização, de concretização, de consistência, de que nos possamos comprometer a caminhar no sentido da reconciliação, onde podemos dar a outra face, mostrando diferentes perspectivas no amor aos inimigos. Não é gostar deles, nem tomar café com quem não se estabelece relação, mas, mostra-se que não se deseja a morte e combate-se o mal com o bem. Isto é caminho de vida. Afinal, como templo do Espírito que sou, que somos, os gestos transparecem a imagem e a semelhança de que somos feitos. Quero que os meus gestos encarnem reconciliação. Desejando que todos se aproximem do altar onde Deus se faz presente em mistério de entrega, na celebração da missa de hoje convidei as pessoas, que seja qual for o motivo não comungam, a se aproximar do altar… e dei-lhes a benção. Nos olhares, houve encontro. Nas despedidas, emoção e agradecimento… de parte-a-parte. Antes de desparamentar-me, dirigi-me ao Santíssimo e agradeci, mais uma vez, a vocação de reconciliar.
sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017
TEDx Santo Tirso
[Secção coisas de corpo] Acabo de receber a mensagem: "Olá! O vídeo do TEDx já está, finalmente, no nosso canal do youtube." Obrigado, mais uma vez, TEDx Santo Tirso, pela oportunidade. Aqui partilho.
Autoridade
[Secção desabafos] As figuras de autoridade dão pautas para o grupo de que são responsáveis: a nível social (um presidente, um ministro, um director, um professor, um padre, etc.) e a nível moral (um médico, uma figura pública de relevo, como um jornalista, um actor, um músico, um futebolista,…). Essas pautas são tidas mais em conta conforme a relevância do poder e carisma dessa pessoa. Não nos admiremos, então, que subtilmente se legitime a mentira, a incoerência, a violência nas palavras e actos, a banalização da responsabilidade, nestes tempos de “pós-verdade”, “factos alternativos” e emails e sms que, apesar de "privados", tratam da vida de tantos. Enfim, pormenores…
quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017
Estrelas
[Coisas, assim, logo de manhã…]
- P. Paulo, hoje de noite passei pela janela e uma estrela brilhou mais forte. Será que foi o meu avô a piscar-me o olho?
- Que lhe parece?
- Só pode ser ele. Uma vez contou-me que as pessoas boas nos piscam o olho lá do céu.
Sorrimos. Abraçámo-nos. E seguiu para a aula.
- P. Paulo, hoje de noite passei pela janela e uma estrela brilhou mais forte. Será que foi o meu avô a piscar-me o olho?
- Que lhe parece?
- Só pode ser ele. Uma vez contou-me que as pessoas boas nos piscam o olho lá do céu.
Sorrimos. Abraçámo-nos. E seguiu para a aula.
terça-feira, 14 de fevereiro de 2017
domingo, 12 de fevereiro de 2017
Jornadas Inovação Pedagógica SJ
Nelson Matias
Foram ontem as primeiras Jornadas de Inovação Pedagógica SJ, com educadores, docentes e não-docentes, dos três Colégios da Companhia de Jesus em Portugal. O painel de oradores não veio do exterior, mas do imenso que já se faz em cada um dos Colégios. O foco principal: como ajudar os nossos alunos a crescer humanamente, entre o equilíbrio do académico e dos valores que contribuem para o sentido do serviço, no mundo que mudou e continua em mudança. Não podemos ficar presos ao “sempre foi assim” (vá-se lá saber o que é esse “sempre”), nem ao “está tudo mal, há que mudar tudo” (vá-se lá saber o que é esse “tudo”), mas perceber o fundamento da educação, numa Escola adaptada às pessoas da actualidade e não do século passado. Dentro das características da Pedagogia Inaciana, encontramos a importância da pessoa com talentos e virtudes, criada à imagem e semelhança de Deus, chamada a servir neste mundo concreto. Esperemos pelas próximas.
sábado, 11 de fevereiro de 2017
Divagações
Na imagem, texto de Daniel Faria
[Divagações de uma noite de Sábado] Tenho sentido a minha escrita emperrada. Desde há dias que sinto isso. Sento-me para escrever e não consigo afastar a sensação de vazio na criatividade. Escrevo. Apago. Escre… e fica a sensação de espera. “Não é tempo. Guarda-te no sentir!” Penso um pouco e apercebo-me que o Silêncio, melhor, o efeito do Silêncio ainda ecoa em mim. É cada vez maior o ruído das coisas. O tempo para sentir e pensar diminui drasticamente, pedindo-se, exigindo-se ou determinando-se opinião de forma vincada como se o amanhecer e o entardecer fossem blocos mono-colores. As penumbras exigem passadas calmas, sem grandes correrias. Assustamo-nos com o rumo político, onde a verdade diluí-se conforme o poder em causa e os povos caminham em extremos que deixam de escutar o pensamento diferente. A Fé reduz-se à fezada, perdendo a força de testemunho de vida, ganhando contornos de moralismo, aplicando-se isto tanto aos fervorosos crentes do divino, como aos do não-divino. Durante a celebração da Missa, no momento da consagração, nessas palavras que d’Ele repetimos com toda a dignidade, pensei: serás Tu uma regra?… “isto é o meu Corpo”… não, és corpo, com movimento que estimula o passo. Dignidade não pode ser rigidez. Dignidade é consciência do imenso e pouco que sou, no meio de imenso e pouco em cada outro, com história… “fazei isto em memória de Mim”. Essa memória faz-me ir aos textos e ver-Te a ser desafiado e a silenciar, a curar e a silenciar, a pregar e a silenciar, a denunciar e a silenciar, a criar e entregar novos caminhos apenas compreendidos pelos que amam. E amar não permite cópias, clones de corpo e de alma… até mesmo de fé. Amar significa atravessar trevas, aprendendo da sua maestria, e reconhecer a luz irradiante que deseja e comunica vida. A fé é simples de explicar na teoria… no entanto, aquele pedaço de Pão em Corpo, amante e amado, desalinha todas as histórias. Não é por acaso que só se compreende em silêncio de Sexta-feira e de Sábado santos. Esses são dias nada amados, mas transformam a compaixão em certeza de Vida… a que se quer profundamente alegre. Se os dias são passagem, o amor é o ficar, demorado, saboreando o chá de jasmim acabado de servir.
sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017
Aula
Visto assim, parece algo sem sentido... quando o sentido foi, numa aula de EVT de 9.º ano, aliar meditação, emoção e saída do quotidiano, em música, corpo e desenho. No final, houve silêncio e vontade de repetir.
quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017
Reconhecimento rotário
[Secção coisas na vida de um padre] E assim terminou um serão. Agradecido, é como me sinto, pelo convite e oportunidade de partilhar algo que ajude e promova a Paz.
quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017
terça-feira, 7 de fevereiro de 2017
Vida frágil
Mais uma vez, Daniel Faria. Hoje, no dia da partida de mais um amigo. A vida é frágil. Vale-nos a força do amor e da bondade: beleza engrandecida, dando importância ao essencial.
segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017
Temas de conversa
Dolors Bas
[Secção coisas de corpo] Há constatações sobre o corpo de alguém que podem ser bastante indelicadas. “Ah, já há tanto tempo que não te via: estás mais gorda, mais magro, com menos cabelo, mais brancas, já se notam as rugas…” Pois, o que pode ser uma constatação “de nada”, por detrás pode haver, igualmente “nada” como a natural alteração corporal, ou questões mais delicadas que não se quer expor publicamente. Enquanto corpo que somos, pode estar a acontecer algo muito mais para lá da dimensão física. E respeitar o acontecimento do outro é pôr-me nesse lugar. Se é difícil… então, o tempo será sempre um adequado tema de conversa.
domingo, 5 de fevereiro de 2017
Luz
[Secção outros tons] A mesma Luz, em diferentes tons. Ou o modo como Deus incide, vive, brilha, em quem se deixa amar.
sábado, 4 de fevereiro de 2017
Estatísticas
[Secção coisas] Achei estranho o disparo de visualizações no blogue. Vou ver: o aumento vem dos Estados Unidos e da China. Atenção, agentes secretos infiltrados pelo blogger, facebook e afins, eu não tenho problemas em dizer que não concordo medidas políticas do actual presidente dos Estados Unidos. E sim, assumo que publiquei há tempos um vídeo sobre ameaças a um jornalista da BBC que tentou entrevistar uma candidata independente à Câmara Municipal de uma terra lá da China. Se sou perigoso, espero que seja apenas pelo “peace and love”. Agradecido. Thank you. 谢谢. ;)
Sobre o Silêncio
Nuno Branco,sj
Quanto mais leio sobre o filme Silêncio, de Martin Scorsese, mais vontade tenho de fazer e viver
Silêncio
uma gota de chuva
desliza sobre a janela
sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017
presente da humanidade
Yudith’s Journal
[Secção desabafos] Vi ontem um vídeo que continua a atravessar-me o pensamento. Não o partilho propositadamente. Foi publicado numa página de armas, como exemplo de maravilhamento na recepção de um presente de aniversário. Aqui começa a primeira agitação. Mas, a grande, é ver a emoção de uma criança, entre os 10 e os 12 anos, quando recebe uma espingarda xpto. Não é de brincar. É uma espingarda que disparará tiros reais… que podem matar. A criança, com ar inocente próprio da idade, emociona-se ao receber o presente da vida. Em muito, as crianças são reflexo do que as rodeia. “Childern see, children do” [as crianças vêem, as crianças fazem] foi um spot publicitário que surgiu há tempos para alertar os pais em como a educação passa pela imitação. É assustador pensar que uma criança possa ter, como se fosse o mais natural da vida, uma arma como presente. Gostava de pensar que este seria um caso isolado, mas, pelos comentários, havia quem defendesse e achasse normal. Para mim, o normal, é que se presenteie as crianças, mais do que com coisas, de forma especial com tempo, atenção e orientação. Elas aprendem mais com o que somos, as nossas atitudes, que com o que lhes dizemos. Como tantas vezes repito, elas (no fundo, todos nós) não são (somos) o futuro, mas o presente da humanidade.
quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017
Dia do Consagrado
Lidia Chaulet
[Celebramos hoje de forma especial o dia do consagrado. Repesco um texto que escrevi há uns anos.] Faz sentido consagrar a vida a Deus? Sim, se se perceber que ser religioso(a) é viver e servir no mundo concreto e não idealizado. Sim, se não se vê como um heroísmo, mas como outro lado da humanidade. Sim, se o passado, a história, os pecados perdoados não são motivos de vergonha, mas de compaixão com a fragilidade dos outros. Sim, se apesar do medo ou inquietação, a confiança na denúncia da injustiça ante os que mais sofrem fale mais alto. Sim, se as conversões quotidianas levem à humildade que afirma: “Não somos melhores, somos simplesmente diferentes no encontro com Ele”.
quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017
Aula dos sonhos
[Aula com alunos do 6.º ano] Já andavam a pedir há muito: “Stôr, quando é que temos a aula dos sonhos?” Como estou a falar da Bíblia, aproveitei a deixa dos “sonhos bíblicos”, para… “então, vamos sonhar?” A exaltação geral: “é hoje!” Acho fascinante os seus brilhos de olhar a querer partilhar os sonhos. Fui por ordem e, como de costume, escrevi no quadro o sonho que iam partilhando: sentir ‘borboletas’ na barriga; superar a minha vergonha; transformar as pessoas más em boas; voar (este é influência do professor ;) ), ser o melhor guarda-redes do mundo, etc. No final, a deixa: “guardem bem os sonhos no coração e dêem o vosso melhor para os realizar.”
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