tag:blogger.com,1999:blog-23830220.post8351601554397010028..comments2023-10-21T15:45:59.076+01:00Comments on o.insecto: "Vai a Igreja agir?"paulo,sjhttp://www.blogger.com/profile/08595762123982257304noreply@blogger.comBlogger1125tag:blogger.com,1999:blog-23830220.post-9086822943702235532007-12-14T18:31:00.000+00:002007-12-14T18:31:00.000+00:00A mensagem do Papa aos Bispos portugueses, durante...A mensagem do Papa aos Bispos portugueses, durante a recente visita “ad limina”, é para a generalidade das pessoas que está fora da vida diária da Igreja uma crítica à hierarquia, uma culpabilização pela falta de prática religiosa dos cristãos, que se refere pelo menor número de presenças na Missa, menor número dos que acorrem aos sacramentos, nomeadamente o Baptismo e o Matrimónio, menor número de vocações sacerdotais e religiosas, em comparação com as manifestações populares de Fé.<BR/>É culpa da Hierarquia portuguesa? É culpa dos leigos nacionais que não assumem as suas responsabilidades? Ou é, sobretudo, culpa da Igreja Católica, Apostólica e Romana?<BR/>Será difícil, num comentário, esgotar as respostas. Mas parece-me que a Hierarquia é culpada por não ter ainda aceite que a Igreja, embora hierarquizada, não é só ou sobretudo composta pelos Bispos, sacerdotes e religiosos, mas por todos os cristãos e continuar a dar pouco espaço aos leigos, não só na organização das comunidades mas na definição das orientações. É culpa dos leigos que não querem assumir o seu lugar. É, finalmente, culpa da Igreja universal que falando das manifestações tradicionais de Fé entre os cristãos, porventura mais emotiva, menos informada, também não abdica de posições tradicionais em áreas difíceis, mas que tocam o dia a dia das pessoas, numa atitude de incompreensão perante o mundo em que vivemos, com respostas positivas para esse novo mundo, para essas pessoas. Falo de problemas tão diversos como a falta de liberdade e a pobreza, sem as quais a dignidade do Homem está amputada, a intolerância, a discriminação, a rigidez da moral sexual que parece preferir a morte por HIV do que o uso do preservativo (impondo como único remédio a abstinência), o nascimento de filhos indesejados ao uso de métodos contraceptivos cientificamente menos falíveis do que os de Ogino-Knauss ou das temperaturas, considerados “naturais”, ou a, de facto, condenação da homossexualidade, disfarçada de caridosa compreensão e, mesmo assim, com a obrigatoriedade de total castidade e eterna culpabilização pela culpa que não existe ou o celibato dos padres ou a obrigatoriedade do afastamento dos sacramentos dos que, quase sempre por razões difíceis e dolorosas, se divorciaram.<BR/>Só uma mudança radical da forma de entendimento do mundo actual por parte da Igreja pode levar a mudanças profundas. Se a Igreja não quer tornar-se numa organização residual, fechada sobre si própria. E se continuar a esquecer-se que Deus é, antes do mais misericordioso e julga pelo Amor que enferma ou não a vida de cada um dos seus filhos. Jesus viveu e morreu por esse Amor e a amar e não a condenar.Anonymousnoreply@blogger.com